sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A LUZ MAIS RÁPIDA DO QUE ELA MESMA


Nesta série de textos sobre Einstein e sua teoria da relatividade, penso ser necessário deixar bem perceptível que a mola mestra dos raciocínios do sábio alemão carece de qualquer fundamento e é rigorosamente contrária à razão.
Essa mola mestra se constitui em pretender que a velocidade da luz é um absoluto, sendo um limite além do qual é impossível avançar. Em outras palavras, nada pode ser mais rápido do que aqueles 299.792.458 metros por segundo.
Entretanto, não é assim tão difícil a verificação de que estamos lidando com um postulado falso, como veremos a seguir.
Preliminarmente, para termos nossas idéias bem claras, pensemos em dois aviões supersônicos, voando pela linha do Equador, do Brasil à Indonésia, à velocidade de 1.666,67 quilômetros por hora, sendo que um deles (o avião "a favor") vai no sentido da rotação da Terra e o outro (o avião "contra") vai no sentido oposto. Considerando que a Terra tem 40.000 quilômetros de circunferência, os dois aviões estarão cruzando, após ambos terem feito um trajeto de 20.000 quilômetros.
Convém, no entanto, observar que, como a Terra faz uma rotação completa (giro em torno de si mesma) em 24 horas, qualquer ponto da linha do Equador estará na mesma velocidade dos aviões, isto é, 1.666,67 quilômetros por hora, se considerarmos o espaço sideral.
Daí se deduz que o avião "contra", mesmo tendo percorrido 20.000 quilômetros em relação à Terra, não terá saído do lugar em relação ao espaço sideral, uma velocidade compensando a outra. É como alguém que, numa academia de ginástica, corre numa esteira, sem sair do lugar em relação ao ambiente. Por outro lado, o avião "a favor", que também percorreu os mesmos 20.000 quilômetros em relação à Terra, terá sua velocidade duplicada de modo a alcançar o ponto de cruzamento, pois este vai se afastando à medida que o tempo passa, já agora considerando as distâncias no espaço sideral.
Um observador de uma nave espacial que acompanhe o movimento de translação da Terra (em torno do Sol), mas não sujeito à rotação da Terra, verá então claramente o avião "contra" parado e o avião "a favor" voando mais rápido do que a rotação terrestre.
Tendo isto presente, pensemos na mesma situação, com a diferença de que, em vez dos aviões, tenhamos dois feixes  luminosos, um "a favor" e outro "contra" a rotação terrestre, por meio de duas fibras óticas, ambas com os mesmos 20.000 quilômetros.
Se partilhamos do consenso de uma velocidade da luz constante, medida com aparelhos fixos, num ambiente terreno, independentemente de sua direção, somos obrigados a aceitar que os dois feixes farão os seus trajetos no mesmo tempo, chegando simultaneamente ao destino. Isto tendo como referencial a superfície terrestre, bem de acordo com a teoria da relatividade de Galileu.
Mas, se o referencial for o espaço sideral, verificamos que o feixe de luz "contra" andou menos do que o feixe de luz "a favor" pois a luz levou, em ambos os casos, o tempo de aproximadamente 0,067 segundos para fazer o percurso e a Terra, com seu movimento de rotação, avançou aproximadamente 31 metros, nesse mesmo espaço de tempo.
Sendo assim, por meio de uma matemática mais do que simples, a luz "contra" teve que andar mais devagar para chegar ao destino ao mesmo tempo do que a luz "a favor", enquanto esta teve que superar a marca dos 299.792.458 metros por segundo para fazer o seu percurso alongado, seguindo o mesmo padrão do que aconteceu com os aviões supra citados.

Se alguém alegar que este experimento pode estar prejudicado porque a luz não se propaga no vácuo, mas em fibras óticas, pois que veja o gráfico abaixo, em que chamo de velocidade padrão a velocidade da luz de 299.792.458 metros por segundo, apurada em condições terrenas.
Fixado o ponto sideral do local de emissão do feixe luminoso e determinado também o ponto sideral do local de recepção daquele feixe luminoso, teremos uma distância (D) maior do que a distância (d) percorrida pelo feixe luminoso do emissor ao receptor de luz, pois tanto o emissor quanto o receptor acompanharam o movimento da Terra durante o tempo (t) da trajetória.
Como no nosso aparelho a velocidade da luz era a velocidade padrão, é forçoso admitir que, considerando o espaço sideral, a luz andou mais rápido do que a velocidade padrão, porque teve que cobrir uma distância maior no mesmo espaço de tempo.



Fica assim provado que a velocidade da luz não é constante no espaço sideral, sendo dependente da velocidade da fonte emissora, invalidando o postulado einsteiniano.

Voltarei daqui a alguns dias a tratar da teoria da relatividade de Einstein, enfocando as quatro dimensões do "tecido espaço-tempo".

Autor: Renato Benevides