O pouco senso crítico, normalmente atribuído à massa ignara, revela-se surpreendentemente presente em todas as áreas do conhecimento humano, inclusive — pasmem! — no meio científico. Essa afirmação contundente precisa ser comprovada de modo urgente, para não parecer pura bravata de quem não tem receio do ridículo.
Pois é justamente na continuação do tema que temos tratado — ciência e origem dos viventes — que vamos encontrar a demonstração patente do que afirmo.
A explicação darwiniana para a evolução dos seres vivos é hegemônica no meio científico, mesmo que não atinja a unanimidade. Isso é público e notório.
E, no entanto, a teoria de Darwin, tida e havida como totalmente comprovada no mundo das Ciências, revela-se uma não-ciência porque apóia-se em dois pilares que contrariam os princípios básicos que norteiam a ação científica.
Os dois pilares são a mutação aleatória dos viventes e a chamada seleção natural.
Quem tiver um mínimo de senso crítico e esteja disposto a usá-lo já pode perceber que uma teoria apoiada no aleatório, no acaso, não pode ser científica. A ciência explicativa busca regularidades na sequência dos eventos, verificando relações causais entre eles. É justamente isso que permite aos cientistas a verificação da validade de um experimento feito por algum de seus colegas.
Mas se o experimento for dependente do acaso, ele se torna irreproduzível, porque o acaso só muito por acaso se repete e o tal experimento jamais poderá ter a chancela de científico.
Os darwinistas se defendem dizendo que, se as mutações são aleatórias, a seleção natural não é, eliminando o fator casual. Eles apenas se esquecem de dizer como é que sabem que as mutações são mesmo aleatórias. Que parâmetro científico usam para tal afirmação? Se não sabem, como pode a seleção natural eliminar o que ninguém sabe?
Esses homens de ciência que seguem Darwin como um profeta parece que nunca leram A origem das espécies, pois o próprio naturalista inglês afirmou, de modo claro e insofismável: "Até aqui falei algumas vezes como se as variações [...] fossem devidas à casualidade. Isto, certamente, é uma expressão completamente incorreta, mas serve para confessar francamente nossa ignorância das causas de cada variação particular." (Darwin, A Origem das Espécies, São Paulo, Editora Escala, 2008, Tomo I, 2ª ed., p. 171.)
Mas eles insistem em afirmar que as mutações são aleatórias (sem qualquer prova disso) certamente para não dar qualquer chance para a intervenção de alguma inteligência desconhecida no início ou no correr do processo evolutivo. E eles conseguem seu objetivo através de uma poderosa ação de marketing, que, pela exaustiva repetição em todos os canais da mídia, fazem as pessoas crerem que de fato as mutações são aleatórias e isso estaria comprovado cientificamente.
Haja credulidade!
Quanto à tal seleção natural, deixo para análise no meu próximo texto.
autor:Renato Benevides