quinta-feira, 19 de maio de 2011

O marketing de Einstein

Por meio de um poderosíssimo marketing, somos levados a pensar que o nome de Teoria da Relatividade se aplica exclusivamente ao proposto por Albert Einstein. E no entanto quem primeiro formulou uma teoria de relatividade foi Galileu e o fez muito bem, observando que o movimento dos seres depende do meio em que se encontram.
Segundo o físico italiano, usando imagens atuais, se estivermos num salão de navio, sem qualquer vista para o exterior, numa viagem em águas plácidas, podemos jogar ping-pong, sem que haja qualquer influência da velocidade da embarcação nem da direção que ela vai. É como se estivéssemos jogando em terra firme. Para nós, a velocidade da bolinha não parece mais rápida porque atirada a favor do movimento do navio, nem mais lenta porque jogada ao contrário.
Isto porém só vale se se referir exclusivamente àquele meio e às pessoas que ali estão, mas não significa que a bolinha não ande mais depressa que o navio enquanto estiver voando no mesmo sentido que ele. Afinal, no mesmo espaço de tempo, percorre as distâncias que o navio mais alguns metros de sua própria trajetória. Um observador em terra firme, se pudesse ver o que acontece no salão da nave, poderia facilmente verificar isso.
Uma imagem interessante dessa relatividade é vermos alguém passar rapidíssimo numa esteira rolante de certos aeroportos, enquanto o próprio indivíduo que se desloca mantém seu passo normal em relação à esteira.
Assim percebeu Galileu que o movimento tem o componente da relatividade e tal conclusão retrata bem a realidade em que vivemos.
Já Einstein criou uma outra teoria de relatividade, baseado num postulado de que a velocidade da luz permanece imutável independente da velocidade do observador. Se um carro vai à nossa frente a 80 km/h e vamos a 60 km/h, ele se afasta de nós à razão de 20 km/h. Isto não aconteceria com relação à luz que se afastaria de nós a 300 mil quilômetros por segundo, mesmo que viajássemos num foguete à velocidade de 290 mil quilômetros por segundo, naquela mesma direção.
Dizem os sábios einsteinianos que, apesar disso contrariar o senso comum, é assim mesmo que as coisas se dão. Curiosamente, esquecem-se de que se um raio de luz, partindo da Terra a 300 mil km/s, depois de um segundo ele estará num ponto a 300 mil quilômetros da Terra e se, simultaneamente ao raio de luz, partir nosso foguete a 290 mil km/s, depois daquele mesmo segundo, estaremos num ponto a 290 mil quilômetros da Terra e a distância entre os dois pontos teria necessariamente de ser de 10 mil quilômetros. Como puderam esses 10 mil quilômetros se converterem em 300 mil? Milagre? Mágica? E um detalhe importantíssimo: a distância seria mesmo de 10 mil quilômetros se não fosse a nossa perseguição!! A chave então da equação está no fator perseguição!!! Haja credulidade!!!!
Convém também lembrar que os físicos atuais aceitam pacificamente a medição da velocidade da luz, no vácuo, como sendo de 299.792.458 metros por segundo, sem qualquer indicação se essa medição foi feita a favor do movimento da Terra ou no sentido contrário. A indiferença quanto a esse sentido só é compreensível se considerarmos a relatividade de Galileu, em que a Terra seria o "navio" e a luz a "bola de ping-pong", já que a medição foi feita na Terra, por observadores e aparelhagens animados pela velocidade terrena, assim como as próprias luzes emitidas durante os experimentos. Tudo compõe um só meio ambiente, sem levar em consideração eventuais observadores externos a esse meio.
Já na relatividade de Einstein isso nunca poderia se dar e a velocidade da luz teria que ser rigorosamente a mesma, tanto no sentido da rotação da Terra, como no sentido contrário, para todo e qualquer observador. Mas para um observador de fora da Terra, não sujeito ao meio terreno, a luz caminha mais rápido do que aqueles 299.792.458 metros por segundo no sentido de rotação da Terra porque, num segundo, o ponto de chegada deslocou-se aproximadamente 463 metros para a frente, devidos à velocidade de rotação terrestre. A luz então teve que percorrer, num segundo, a distância de 299.792.921 metros, sendo portanto mais rápida.
É como se um corredor de maratona, que consegue fazer seu percurso em 2 horas exatas, ter que se superar para, nas mesmas duas horas, atingir um ponto de chegada móvel que vai gradativamente se afastando, aumentando o percurso. Afinal, o que é velocidade senão a distância dividida pelo tempo?
Diante disso, só nos resta entregar a questão para os psiquiatras e/ou sociólogos para entender como é que uma teoria tão absurda como a relatividade de Einstein pôde prosperar no seio da chamada Comunidade Científica.
Até mais.

Autor: Renato Benevides